Após 65 anos de missão, freis do RS deixam as paróquias do litoral catarinense

Após 65 anos de missão, freis do RS deixam as paróquias do litoral catarinense

Depois de atuarem por muitos anos junto às comunidades das Paróquias São Sebastião de Praia Grande (SC) e Paróquia São João Batista de São João do Sul (SC), no próximo dia 21 de novembro. Os Freis Capuchinhos se despedem destas cidades localizadas junto ao litoral catarinense, onde serão entregues a administração da Diocese de Criciúma. A passagem dos Capuchinhos foi marcada por um bonito processo de evangelização e que agora continuará. Ao resgatar a história de presença, assim podemos resumir a presença da Província dos Capuchinhos do RS em Santa Catarina:

A presença dos Capuchinhos do RS no Sul Catarinense iniciou-se em abril e maio de 1932. Os missionários freis Gentil Giacomel ePaulino Bernardi pregaram "missões populares", nos meses de abril emaio de 1932, em Criciúma, Urussanga, Morro da Fumaça, Nova Veneza e Cocal. Pesquisar os Livros Tombos daquelas comunidades certamente resultaria em belas descobertas! Dois anos antes, em 1930, o mesmo frei Gentil Giacomel pregou missões na região de Chapecó, onde estava iniciando a chamada colonização do Oeste Catarinense.

A fundação canônica da Fraternidade Santa Catarina, em Maracajá, deu-se em 21 de julho de 1956. A partir dessa data e local, a presença e atuação dos freis capuchinhos do RS deu-se em inúmeras paróquias (conforme descrição a seguir) e na Casa de Formação N. Sra. da Conceição, em Maracajá (de 1984 a 1996).

Para situar, quando a nossa circunscrição capuchinha do xtremo Sul do Brasil ganhou o status de “Província do Rio Grande do Sul”, o ministro geral delimitou como território, em 27 de julho de 1942, “todo oestado do Rio Grande do Sul, ao qual acrescentamos a Diocese de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina”.

Maracajá - Em 1º de dezembro de 1955, D. Anselmo Pietrulla, da diocese de Tubarão, escreve ao provincial frei Basílio Miotti dizendo ter interesse na presença dos capuchinhos na diocese que dirigia; no dia 23 do mesmo mês frei Basílio encaminha formalidades para a ereção canônica de casas religiosas em Maracajá e Praia Grande.

Freis Cipriano Stangherlim e Eusébio Ferretto assumiram a paróquia de Maracajá em 29 de janeiro de 1956. Lá, também atuaram freis Marcelo Bianchi, Alexandre Pestka, Manoel Parise, Lauvir Secco, Fulgêncio Caron, Arcanjo Panison, Italvino Bortolon, Jaime Bettega, Vergilino Richetti, Augusto Denardi, Daniel Costela, Reinaldo Bernardi, Rogério Rubick e Sidnei Signor (estagiários). A presença em Maracajá estendeu-se por 48 anos, até o final de 2004.

Praia Grande - Em 5 de fevereiro de 1956, frei Gervásio Ferronato assume como pároco da Paróquia de Praia Grande (criada em 17.01.1951),com frei Marcelo Bianchi; a seguir veio o gêmeo frei Protásio Ferronato e ambos ficaram em SC de 1958 a 1976; seguiram-se freis Amâncio Macagnan (1977-1985),Reinaldo Bernardi (1986-1988), Raimundo Simonetto (1988), Luiz Sirtoli(1989-1994), Ângelo Costella (1995-1999), Paulo V. Canton (1999), Egídio Bielski (2000-2005), Hélio Dalla Costa (2006-2011) e Francisco Pasinatto (2012-2020);também atuaram em Praia Grande freis Agostinho Bisotto, Nicolau Bortolotto,Luiz Ferronato, Bruno Fardo, Reni Bortolon, Antério Parise, e os irmãos capuchinhos freis Aldo Fardo, Antônio Collet, Mário Bortolotto, Jacyro Mognon e Antonino Zandoná.

São João do Sul - A Paróquia São João Batista foi criada em 17.01.1954, sendo o primeiro pároco (um ano e meio) Pe. Pedro Baldoncini. Conhecida como Paróquia de Passo do Sertão, retorna à condição de capela, sendo capelães freis Marcelo Bianchi (residindo em São João do Sul) e Gervásio Ferronato (em Praia Grande). Com frei Florêncio Gelain, empossado em 20.02.1968,São João volta ao status de paróquia. De 1975 a 31.01.1988 assume como pároco frei Ângelo Ferronato, construtor da atual casa paroquial. Seguiram-se, como párocos e vigários, freis Adercide dos Santos Silva (1988 a 19.02.1992); Vergilino Richetti (1991-1993), Iloni Fochesatto (1991) e Ari Felippi (1993). Em 26 de dezembro de 1993, os capuchinhos deixam a Paróquia de São João do Sul, retornando em 07 de janeiro de 2001, com freis Sady Barbieri (2001-2004) e Lauvir Secco (2001), Daniel Costela e Reinaldo Bernardi - que vinham da paróquia de Maracajá – (2005-2012), Antério Parise (2013-2016), Sérgio Rosa (2013-2017), Sidnei Signor (2017-2019) e Moacir P. Molon (2018-2019). A paróquia São João Batista passou a atender sistematicamente as comunidades do município de Passo de Torres a partir de 15.05.1991.

Timbé do Sul – Os capuchinhos estiveram na Paróquia São Roque de Timbé do Sul desde a criação, em 24.01.1965. Foi devolvida à Diocese de Tubarão em 28.01.1990. Lá atuaram freis Modesto Bulla (11 anos), Benício Collet (de 1976 a 28.01.1990), quando da devolução da paróquia à diocese de Tubarão.

Santa Rosa do Sul – Os capuchinhos atuaram durante 21 anos na Paróquia Santa Rosa de Lima. Foi pioneiro frei Raymundo Simonetto quando da instalação do Curato, em 12.04.1970. Foi substituído por frei Nadir Segala, e o curato passou a Paróquia em 15.02.1976. Também foram párocos freis Arcanjo Panisson, Lauvir Secco (em duas oportunidades), Norberto Sogari (com o irmão Augusto Tomé) e Juvêncio Angonese. Foi devolvida à diocese em 29.12.1991,quando Lauvir Secco era pároco pela segunda vez.

Imaruí – A Paróquia São João Batista, criada em 1833, foi atendida pelos Capuchinhos do RS durante 15 anos, de 4.03.1959 a 27.01.1974. Lá atuaram como párocos freis Gervásio Ferronato, Marcelo Bianchi e Lauvir Secco; e como vigários, freis Reinaldo Bernardi, Sérgio Bordin, Timóteo Persici e Constantino Brusamarelo. Mas, temporariamente, também aturam freis Protásio Ferronato, Maurílio Benetti, Lucas Bassani, Roberto Franzosi, Dionísio Veronese, Alceu Richetti e Clóvis Frainer.

São Bento Baixo (Nova Veneza) – A Paróquia São João Batista foi erigida em 24.06.1966. O atendimento dos capuchinhos do RS foi de 16.02,1969 a 11.01.1975. Lá atuou como pároco frei Isidoro Bianchi, que, em oportunidades diferentes, foi auxiliado pelos freis Dionísio Veronese e Domingos Rigon.

Outras presenças no Sul de SC - a) Santuário de Caravaggio (Nova Veneza), de 1968 a 31.12.1981, com freis Domingos Rigon, Isidoro Bianchi (enquanto pároco de São Bento Baixo), Fulgêncio Caron e Luiz Ferronato; b) Hospital São Camilo de Imbituba – Capelania atendida por frei Timóteo Persici, de 14.02.1970 a 13,08.1973; e c) Hospital de Caridade São José, de Criciúma – Capelania atendida por frei Teodoro Ferronatto, de 16.02.1970 a 13.08.1973.

Vale lembrar que as Missões Populares dos Capuchinhos do RS aconteceram por mais de uma dezena de vezes nas diversas paróquias do Sulcatarinense.

Sobre a passagem dos Capuchinhos por estas paróquias, o Ministro Provincial dos Freis Capuchinhos do RS, Frei Nilmar Carlos Gatto e diz: “Louvado Seja meu Senhor pelos 65 anos de história missionária no litoral catarinense. Quanta partilha de vida. Frades doando-se gratuitamente em favor da construção do Reino de Deus e de sua Justiça. No dia 21 de novembro de 2021 oficialmente estaremos devolvendo as últimas duas paróquias que atendemos na Diocese de Criciúma. Praia Grande e São João do Sul. Que Deus seja louvado por tudo o que foi feito em favor deste povo. Gratidão a tantos frades vivos e falecidos que enalteceram o nossa Ordem e a nossa Província em terras catarinenses”.

Autor:
Assessoria de Comunicação do Rio Grande do Sul
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