Encontro de Formandos: Um encontro divertidamente atípico!
O encontro de formandos pode ser considerado uma bonita tradição da nossa província e acontece duas vezes por ano, um encontro em cada semestre. É organizado pela COEF (Comissão Organizadora do Encontro de Formandos), que conta com representantes de todas as casas de formação. Para o primeiro encontro desse ano, a COEF nos levou para a Botucatu, ao Santuário Nossa Senhora de Lourdes. Ao sermos acolhidos naquela fraternidade, também levamos um pouco da agitação típica dos formandos à casa de noviciado. Os dias15, 16 e 17 de março foram de muita correria para os frades da fraternidade que nos acolheram tão fraternalmente.
Cada encontro é peculiar ao seu modo. Este foi divertidamente atípico. No sábado de manhã, após a oração e café, partimos para a Pedra do Índio – estância turística de natureza exuberante. Imaginem que um lugar como esse oferece muitas opções de trilhas de todo tipo e dificuldade. Evidentemente que os magrinhos formandos fizeram trilhas que pensávamos ser possíveis ao nosso biotipo. Demos um show nas trilhas, correndo, pulando e escalando montanhas, verdadeiros atletas da natureza!
Depois de recolher os corpos gordos que ficaram pelo caminho, foi necessário fazer uma parada estratégica num restaurante local que, além de deliciosa comida, tem uma vista belíssima da região – fica a dica: “O Milanês”. Feito o pagamento da dolorosa, partimos para uma chácara de uma família amigados frades. Por ali passamos o restante do sábado nos preparando para as apresentações culturais.
A COEF havia proposto que cada casa de formação apresentasse um elemento cultural de sua escolha. Todos optaram por esquetes teatrais. Os postulantes nos levaram a uma discussão homérica sobre qual grupo de frades seria o fiel descendente do Seráfico Pai. O resultado foi anunciado pelo Fernando, um capuchinho fanho. Assim, nunca saberemos o resultado da disputatio!
Pelos dons artísticos dos pós-noviços de Taubaté, fomos transportados para o exato momento da pesca milagrosa que puxou das águas do Rio Paraíba a imagem de Nossa Senhora. Num segundo pensávamos ser essa uma história já batida, no segundo seguinte fomos agraciados com a visão maravilhosa do frei Everton dando vida a Nossa Senhora, a personificação da Cidinha!
Os formandos de Santo André tentaram ousar trazendo não um, mas duas peças. Uma contava a história trágica, porém com notas cômicas, da chegada dos primeiros missionários na Alemanha que a todos respondiam “IAAH”; a outra narrava a famosa história de frei Junípero e o pé de porco. O porco com seu pé foi o frei Richard palmeirense, o Junípero foi o frei Thiago que desembainhou uma faca do bolso do hábito para fazer a poda do pé do porco. Foi uma luta de gigantes!
Ainda a COEF preparou uma performance sobre o encontro de Jesus com a Samaritana no poço, sendo o poço o protagonista de tudo... algo bastante contemporâneo.
Os jurados, frei Takaki e frei Pedro, decidiram pelo empate técnico entre todas as equipes, o que causou um grande rebuliço. A decisão nos obrigou a dividir entre todos as caixas de bombom, que eram os prêmios. Tivemos que dividir... fraternalmente... igualmente... como verdadeiros irmãos... que absurdo! Depois de um longo dia, e de barriguinha cheia, retornamos para a segurança do convento.
O domingo correu como de costume nos encontros de formandos. Após o café generoso, fomos à missa presidida pelo frei Takaki. A alegria da comunidade em ver tantos formandos tornou o momento ainda mais especial. Já se acostumaram em ter a “casa cheia” de noviços. Que isso logo volte a acontecer!
Após a missa, fizemos as avaliações com sugestões de locais e ideias para o próximo encontro. A COEF ainda teve tempo de me surpreender e emocionar com uma singela “despedida” dos encontros de formandos. Ouvi uma fala carinhosa do frei Thiago, recebi um delicioso chocolate e me convocaram a escrever este texto. Fui da COEF por duas vezes e participei de muitos encontros de formandos, experiências de muita fraternidade e felicidade. Não sei ao certo o que tem de especial nesses encontros, mas arrisco dizer que são momentos únicos de companheirismo, troca de experiências, amizade e convívio. Momentos que nos fortalecem!
A vida de cada um de vocês, meus irmãos formandos, é louvor a Deus e esperança para a Ordem! Sejamos sempre felizes!