REVIRAR

Frei Kater

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O homem que olha

Para o céu de noite

Se perde na vastidão

Abandona o açoite

Perde-se de si

Naquele piscar

Encontra a felicidade

Que voltando a si não sabe expressar

Enquanto pelas voltas da vida

Existem constantes desenganos

Todos veem o manto da solidão

Dor, trapos e panos

Histórias para contar

Ela havia dito para sua prima

Que seria a última vez

Até que o viu dobrando a esquina

Cada dor, desgosto, problema

É uma seta que aponta a meta

A saída da fome imensa

Que nenhuma tristeza completa

Pois é delírio nela permanecer

Dor tu és sinal

Que não nasci para ti

Desejo algo que seja real

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