PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA – 06/03/2022

Jesus, não nos deixeis cair em tentação.

ACOLHIDA

Animador: Neste primeiro domingo da Quaresma, guiados pelo Espírito, reunimo-nos para juntos invocar o nome do Senhor, que é generoso conosco, ouve nossa voz e nos socorre em nossas aflições. Com a Palavra e a Eucaristia, ele fortalece nossa fé para enfrentarmos as tentações que ameaçam nossa vida. Fiéis a Deus e confiantes em sua proteção, caminhemos para a Páscoa do Senhor. Iniciemos nossa celebração cantando.

ATO PENITENCIAL

Presidente: A verdadeira conversão requer humildade e retomada de uma vida fiel a Palavra de Jesus, para que orientados por ela vençamos as tentações que teimam em nos arrastar por caminhos equivocados. Confiantes, supliquemos a misericórdia de Deus.

1- Pelas vezes que deixamo-nos dominar pela tentação da ganância desmedida que endurece nosso coração, e torna-nos indiferentes ante a dor dos pobres: Senhor tende piedade de nós!

2- Pelas vezes que deixamo-nos dominar pela tentação do poder, do orgulho, da vaidade, menosprezando nossos irmãos e irmãs mais humildes e carentes: Cristo, tende piedade de nós!

3- Pelas vezes que deixamo-nos dominar pela tentação da vida fácil, mundana, esquecendo-nos que a verdadeira alegria está na vivência dos ensinamentos do Mestre Jesus: Senhor, tende piedade de nós!

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Dt 26,4-10.

Salmo Responsorial: Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!

Segunda Leitura: Rom, 10,8-13

Evangelho: Lc 4,1-13.

REFLEXÃO:

-  A liturgia desse primeiro domingo da Quaresma nos conduz para o deserto, lugar de ouvir a Palavra de Deus, mas também, lugar das tentações de forças obscuras que nos afastam dele. Deserto é sinônimo de aridez, de vazio, da falta de tudo, sobretudo de alimento, é lugar de dificuldades. Terreno propício para as investidas do tentador.

- Depois de ser batizado no Jordão, antes de iniciar a sua missão, Jesus vai ao deserto. O batismo o deixou repleto do Espírito Santo e o fortaleceu para a missão, que não seria algo fácil, simples, pois enfrentaria grandes desafios, muitos demônios e situações demoníacas. O deserto não é só lugar de tentação, mas simboliza o próprio campo da missão. Esses quarenta dias passados no deserto em jejum e oração, lembram os quarenta anos que o povo hebreu levou para atravessar o deserto e chegar à terra prometida por Deus. Terra onde corre leite e mel, como vimos na primeira leitura de hoje. Para conquistar essa terra, na qual já estavam colhendo os primeiros frutos e oferecendo-os a Deus, tiveram que vencer muitas tentações, enfrentar com persistência muitas batalhas.

- Como o povo, Jesus plenamente humano, também é tentado. Suas tentações não são propriamente de ordem moral, mas se referem ao cumprimento de sua missão. Por isso, sua firmeza e fidelidade ante a astúcia e persistência do tentador, deve servir-nos de modelo para não nos desviarmos da missão que Jesus nos confiou. Como poderemos ser uma Igreja discípula missionária, fiel a Jesus Cristo se não estivermos conscientes das tentações e das armadilhas perigosas e enganadoras do príncipe desse mundo? O diabo, para nos seduzir e enganar usa estratégias surpreendentes. Se disfarça de pessoa de bem, simpático e dócil, usando até mesmo a Palavra de Deus e dos salmos rezados pelo povo para nos confundir. Jesus, cheio do Espírito Santo, percebeu a astúcia perversa do tentador, não se deixa iludir, mesmo sentindo fome e tendo diante de si a proposta de comida fácil, ele deixa bem claro que o ser humano não vive somente de pão, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. O alimento material é importante, mas não é o único de que necessitamos para a vida. De que adianta ter pão com fartura, mas ser escravo de tantas coisas supérfluas? De que adianta preocupar-se só com o alimento para o corpo, mas deixar o espírito definhar, ou viver uma completa desertificação espiritual, uma vida sem sentido? O anseio do ser humano não se apaga alimentando apenas seu corpo. Ele precisa de muito mais. Para superar a miséria, a fome e este sistema de morte, precisamos despertar a fome de justiça e de amor em nossa sociedade de egoístas satisfeitos. Jesus renuncia a utilizar Deus para “converter” as pedras em pães. Não utilizará o Pai de maneira egoísta. Alimentar-se-á da Palavra de Deus, para depois, no deserto, partilhar solidariamente o pão para o povo faminto. É a tentação de usar da religião para satisfazer sede de possuir, de acumular riquezas, tranquilizar nossas consciências e esvaziar nosso cristianismo da compaixão, vivendo surdos à voz de Deu, que continua gritando para nós: “Onde estão os teus irmãos”.

- Na segunda tentação, Jesus renuncia a obter “poder glória” sob a condição de submeter-se, como todos os poderosos, aos abusos, mentiras nas quais se apoia o poder inspirado pelo “diabo”. O reino de Deus não é imposto, ele é oferecido com amor e como graça, e por isso só devemos adorar ao verdadeiro Deus, o Deus dos pobres, fracos e indefesos. Há quem por muito pouco “vende a alma para o diabo”. Pessoas aparentemente boas, tendo, porém, sua vida transformada pela tentação da riqueza fácil, do poder vil a qualquer preço, afundando-se numa vida desonesta, mentirosa e perversa.

- Na terceira tentação Jesus renuncia a cumprir sua missão recorrendo ao êxito fácil a à ostentação. Jesus é tentado no aspecto da espiritualidade, da fé, do compromisso com Deus. O diabo o leva para o centro do poder religioso, o templo de Jerusalém, pedindo que Jesus desafie o próprio Deus. Ele recusa ser um Messias triunfalista pondo Deus a serviço de sua vanglória. Mas estará sempre entre os seus como aquele que serve. Poucas coisas são mais ridículas no seguimento de Jesus do que a ostentação e a busca de honras. Estas causam danos à Igreja e a esvaziam da verdade.

- Depois que Jesus resiste a todas as tentações, o diabo se afasta para voltar no tempo oportuno. Tudo isso nos mostra como é difícil se livrar das tentações. É preciso muita fé, muita perseverança e muita confiança em Deus. As tentações estão por toda parte, inclusive dentro da Igreja. É preciso estar atento, pois o tentador pode nos convencer pela simpatia e uma aparente docilidade, porém, com as piores e mais perversas intenções.

- Conservando a Palavra do Mestre Jesus Cristo que fala com sabedoria e ensina com amor perto de nós, em nossa boca, sobretudo em nosso coração, São Paulo, teremos melhores condições de discernir e de resistir a todas as tentações e manter-nos no caminho da fraternidade, da humildade, da vida e da paz. No caminho de uma contínua e autêntica conversão.

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Na certeza de que Deus não nos abandona rezemos: Livrai-nos dastentações, Senhor!

1 - Por todos os pastores de nossa igreja, Papa, bispos e sacerdotes, a fim de que nesta Quaresma sejam iluminados e fortalecidos na sua missão de pregar o Reino de Deus sobre a terra, rezemos.

2 - Por todos nós, a fim de que com a graça de Deus possamos vencer as tentações mundanas e abraçar os valores que edificam nossa vida e humanizam nossa sociedade, rezemos: 

3 - Para que abracemos, em sintonia com toda a Igreja, a Campanha da fraternidade, buscando uma educação integral mais inclusiva e libertadora, rezemos:

4 – Para que todos nos sintamos responsáveis por uma educação cristã, e assim seguindo o Mestre Jesus, falemos com sabedoria e ensinemos com amor, rezemos:

OFERTÓRIO

Animador: Jesus renuncia a si mesmo para oferecer-se sem reservas ao Pai e doar sua vida pela salvação da humanidade. A nossa melhor oferta, para participarmos do seu mistério redentor é renunciar a nós mesmos seguir fielmente suas pegadas. Cantemos o Nº

COMUNHÃO:

Animador: O mesmo Jesus que venceu as tentações se apresenta agora a nós como alimento que transformae fortalece nossa vida. Vamos aos seu encontro cantando o N°

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