QUINTO DOMINGO DA QUARESMA 2022
QUINTO DOMINGO DA QUARESMA– 03/04/2022
Jesus fala com sabedoria e ensina com amor.
(PREPARAR: Cartaz da Campanha da Fraternidade em destaque)
ACOLHIDA
Animador: Irmãos e irmãs, bem-vindos! É tempo de celebrar a misericórdia que o Senhor nos oferece, guiados por este tempo em que nossa oração se volta à conversão social da Campanha da Fraternidade que nos lembra que a verdadeira educação acontece quando falamos com sabedoria e ensinamos com amor. Com o coração aberto à conversão, acompanhemos a procissão de entrada, cantando o Hino da Campanha.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Deus nos ama tanto que nos enviou seu Filho para nos libertar. Hoje, Ele nos chama a viver a mesma missão salvadora. Em silêncio, repensemos nossas ações e reconheçamos nossas culpas (momento de silêncio). Canto.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Is 43,16-21
Salmo Responsorial: "Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!"
2ª Leitura: Fl 3,8-14
Evangelho: Jo 8,1-11
REFLEXÃO
-A liturgia deste quinto domingo da Quaresma insiste no perdão e na misericórdia, mostrando que devemos perdoar e dar nova chance, nova oportunidade àqueles que cometeram pecado e se arrependeram, porque Deus faz isso conosco todos os dias, e é somente através do perdão que conseguiremos reverter situações de pecado e de erro.
-A primeira leitura apresenta esse Deus amoroso e misericordioso, que se compadece do sofrimento de seu povo e que o liberta para a vida. Uma vez libertado, não se deve ficar preso ao passado, pois, remexer as coisas passadas, é sinal de que não perdoou. O importante é saber que Deus tem feito coisas novas, nos tem dado novas oportunidades, aberto novos caminhos, e esses devem ser trilhados com alegria e esperança, que o passado interfira no presente e no futuro somente como lição e aprendizado. Quem tem dificuldade de esquecer os erros e os sofrimentos do passado mostra que tem dificuldade de perdoar, e quem tem dificuldade de perdoar não é uma pessoa totalmente livre e feliz, pois há sempre um “monstro” do passado torturando o presente. Quem consegue perdoar e se perdoar, consegue ver que Deus tem aberto caminhos no deserto de sua vida e rios na terra seca de seu mundo, porém nós nem sempre percebemos este agir de Deus, porque ficamos presos aos acontecimentos desagradáveis do passado. Para sermos verdadeiramente livres e viver as coisas de Deus, é preciso que Deus nos perdoe, que a pessoa que magoamos, ou prejudicamos nos perdoe; e que nós mesmos nos perdoemos. Sem estes três passos do perdão, a pessoa não se sente totalmente livre e perdoada.
-O evangelho de hoje nos apresenta o fato iluminador da Campanha da Fraternidade desse ano., Jesus e a adúltera. Ele no monte das oliveiras, havia se encontrado com o Pai, e cheio do Espírito Santo voltou para o templo, e ocupou um dos lugares onde os mestres costumavam sentar-se para ensinar. Logo criou-se em torno dele um círculo de ouvintes. Jesus não perdia nenhuma oportunidade de ensinar. Os doutores da lei e os fariseus, que se consideravam perfeitos cumpridores da lei, encarnando a postura de juízes que julgam e condenam sem piedade, apresentam-lhe uma mulher pega em flagrante adultério. O adultério, naquele tempo, era crime passível de apedrejamento em praça pública. Pedras na mão, ódio no olhar, ouvidos surdos aos gritos por socorro e corações endurecidos. Assim era a disposição de escribas e fariseus naquele dramático acontecimento, quando uma tragédia estava prestes a acontecer. Bastava o fundamentalismo legal, aplicado arbitrariamente. A mulher foi colocada no meio deles, no centro das atenções, de modo que fosse extremamente humilhada. Visando pegar Jesus em contradição, exigem dele uma posição. Desejavam que ele esquecesse seu ensinamento de amor e caridade, que os incomodava, e condenasse a mulher à morte prescrita pela Lei. A armadilha em que envolveram Jesus revelou-se providencial, pois fez os anciãos e os fariseus reconhecerem a sua mesquinhez e proporcionou a Jesus a oportunidade de revelar sua peculiar sabedoria. Jesus mesmo escreve o novo ensinamento, ditado por seu coração. Hoje, há quem se diz cristão, achando-se dono da verdade, preocupe-se mais em julgamentos e condenações do que com o perdão e a misericórdia. Diante da insistência deles, Jesus se levanta e dá o veredicto que calou a boca daqueles que estavam julgando e condenando a mulher. Ele diz: “Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra”. O veredicto seguiu a lógica do diálogo. A mulher é restituída em sua dignidade humana. Agora tem sentido que Jesus lhe indique o caminho novo para a nova vida: “Vai, e de agora em diante, não peques mais”. Será que se nós fizéssemos sempre essa pergunta, teríamos coragem de julgar e condenar alguém?
-Na história da mulher adúltera opõe-se duas pedagogias, duas formas de educar, a daqueles que se restringem ao que está escrito, à lei fria, sem levarem conta a pessoa e suas circunstâncias, e daqueles que olham para a pessoa com sabedoria e amor, como fez Jesus. Jesus nos mostra que o que recupera os pecadores não é a condenação, mas o amor. Somente o amor mostra o caminho, a direção e faz com que a pessoa deixe o caminho do erro, pois a amor é educativo, devolve a dignidade perdida. Ao perdoar a mulher, Jesus possibilitou que os outros a perdoassem também, e fez com que a própria mulher se perdoasse a si mesma, pois ir e não pecar mais significa conversão, mudança de vida e a concretização das três etapas do perdão.
-Para viver esta verdadeira experiência do perdão, da conversão, o caminho é ter Cristo como meta e direção de nossa vida. Ele deu o exemplo supremo de amor e pediu que fizéssemos o mesmo.
PRECES DA COMUNIDADE
Presidente: Após cada pedido, supliquemos: "Pai de misericórdia, atendei nossa prece!"
1) Pelo Papa e todos ministros ordenados para que, fortalecidos pela oração, sejam exemplos de fé a todos que buscam conversão, rezemos.
2) Pelos governantes e toda a sociedade, para que desenvolvam e sigam políticas públicas coerentes a serviço de uma educação integral, libertadora e de promoção da vida, rezemos.
3) Por todos nós, para que o espírito quaresmal inspire a conversão, misericórdia e a compaixão entre irmãos, rezemos.
4) Para que a Campanha Fraternidade nos mova ao perdão, favorecendo o bom convívio, sem interesses, privilegiando a elaboração de políticas públicas que assegurem os direitos sociais, rezemos.
OFERTÓRIO
Animador. Junto ao pão e vinho, os frutos das ações que promovem a misericórdia, a conversão e a fraternidade ofereçamos o empenho na busca da sabedoria e no testemunho do amor. Canto
COMUNHÃO
Animador: Somos convidados à Ceia da Fraternidade. Recebamos com alegria aquele que se faz vida em nossa vida, Jesus na Eucaristia, cantando.