Servo de Deus Frei Alberto Beretta!

Servo de Deus Frei Alberto Beretta!

 

SERVO DE DEUS FREI ALBERTO BERETTA

Sacerdote, médico e missionário capuchinho

 

Frei Alberto nasceu no dia 28 de agosto de 1916 em Milão, norte da Itália. No Batismo recebeu o nome de Henrique. Na escola de fé da família Beretta, Deus estava em primeiro lugar. Além de Fr. Alberto, desabrochou a vocação sacerdotal do seu irmão Mons. Giuseppe, da irmã canossiana na Índia, Madre Virginia e, sobretudo, da santa canonizada por João Paulo II, Santa Gianna Beretta Molla.

Formado em medicina em 1942, durante a II Grande Guerra teve que deixar o noviciado dos capuchinhos ao ser convocado pelo governo. Caindo o regime, fugiu para a Suíça, onde trabalhava em um hospital e frequentava o curso de teologia. Voltando a Milão ao fim da guerra, fazia cursos de especialização em todos os campos da medicina e frequentava a escola teológica no Convento dos Frades capuchinhos. Tinha urgência nos estudos médicos, pois sabia que no Brasil deveria estar preparado para tudo.

No dia 13 de março de 1948 foi ordenado sacerdote em Milão, e passou a fazer parte da Prelazia de Grajaú (Maranhão) no Brasil, aonde chegou em 1949. Trazia consigo livros e grande quantidade de equipamentos e remédios. Abriu imediatamente um ambulatório nas dependências do convento capuchinho. Naquela época, médico era artigo de luxo, que só os mais ricos conseguiam indo à capital.

Pelo fato de o Brasil não reconhecer os títulos acadêmicosconseguidos na Itália, o jovem e fervoroso missionário se sujeitou a repetirtodas as provas nas quais fora aprovado em sua pátria. Foi para Porto Alegre,RS, onde frequentou outras especializações e adquiriu preciosos conhecimentosem medicina tropical que levaria para o sertão maranhense.

O sonho de Frei Alberto era a construção de um hospital cômodo e moderno, no qual pudesse trabalhar tranquilamente. Com a colaboração do seu irmão Francisco, engenheiro, e também dos outros irmãos e amigos na Itália, em 1950 iniciou a construção, em meio a imensas dificuldades e em pouco tempo apareceu o Hospital São Francisco de Assis. Em 1957 ele estava pronto e parecia um prodígio naquele interior do Maranhão, com os meios de transporte daquela época e com a falta de estradas. Mais tarde outras dependências foram acrescentadas. Tornou-se um lugar procurado por multidões, como se fosse um santuário. Todos iam para lá à procura da saúde, atraídos pela caridade de Fr. Alberto. Sua atividade transbordava também para fora do hospital e da cidade de Grajaú, até Amarante, Alto Brasil, Sítio Novo, Alto Alegre, Arame, mesmo através das visitas domiciliares a lugares afastados.

Não obstante todo o seu esforço, escreveu á sua irmã Gianna,também formada em medicina, que lhe conseguisse um colega disposto a ajudá-lo. Gianna decidiu então partir para Grajaú como missionária, pois já tinha até estudado português. Porém, por causa da saúde frágil, teve que renunciar a esse projeto. Ela casou-se me 1955.

Em agosto de 1960, Frei Alberto vestiu o hábito capuchinho em Guaramiranga (Ceará) e ali fez seu ano de noviciado, emitindo os votos temporários no dia 16 de agosto de 1961, e os perpétuos em 16 de agosto de1964. Em 1962 faleceu sua irmã Gianna.

Sendo médico, cirurgião, ginecologista, oftalmologista, obstétrico, tisiólogo e tantas outras coisas, acorriam em continuação para ele apresentando-se casos os mais disparatados e às vezes "desesperados", e ele sempre atendia com sua inexaurível perícia e bondade.

Um capítulo à parte é a Vila São Marino onde todos os dias e pessoalmente dava assistência aos hansenianos. Não nos podemos deter nas técnicas arrojadas e pioneiras dos enxertos de placenta que produziram... milagres.

Ele próprio formou seus auxiliares em enfermagem e foi coadjuvado pelas Irmãs Missionárias Capuchinhas, com o mesmo ritmo, entusiasmo e denodo que ele usava.

Era uma atividade intensa a serviço de quem sofria fisicamente, sem horários e sem descanso. Mas ele não se interessava somente dos corpos. Pelas doenças do corpo chegava à alma de seus pacientes. Além de celebrar todos os dias a Santa Missa na Capela do seu Hospital, no domingos ia para o interior e de lá não voltava sem ter celebrado a terceira Missa dominical em várias comunidades ou povoados, bem como nas aldeias dos índios onde era recebido com muito afeto, pois cuidava da saúde dos povos indígenas.

Parece que essa prática apostólica dos domingos era para fr. Alberto um alívio de fim-de-semana. Distribuía ao povo de Deus, pobre e humilde, a medicina do Espírito: a Palavra de Deus, os Santos Sacramentos, a Santa Eucaristia. Após sua jornada apostólica encontravam-no à noite à luz da lamparina, no coro da catedral para completar sua oração e seu diálogo com o Senhor.

A vida profissional de Fr. Alberto foi por ele assumida como uma "missão", segundo a palavra de Jesus: "Estive doente e cuidastes de mim". Seus "exageros" se compreendem por essa visão sobrenatural. Todos o conheciam e identificavam como um homem de Deus. Muitas vezes mais agia a fé na santidade do sacerdote do que sua perícia científica. Os doentes chegavam a todas as horas, de dia ou de noite, e sabiam que sempre o encontrariam disponível. E diziam: ‘Frei Alberto é um santo vivo’. Identificou-se profundamente com o povo e fazia parte essencial da vida do lugar. Estava presente no coração das pessoas. Não foi à toa que o município ergueu um monumento em sua homenagem na praça principal da cidade, que agora leva o seu nome.

Certa vez Frei Alberto foi socorrer uma mulher que estava para dar à luz e acabou errando o caminho perdendo-se na chapada onde ficou três dias antes de ser encontrado pela população que, preocupada e ansiosa, havia saído à sua procura. Narra-se que no entardecer do primeiro dia, após ter muito vagueado na tentativa de encontrar o rumo certo, cansado, com fome e sede parou num lugar perigoso chamado "grota da onça" onde jaziam esqueletos de animais e ossadas. Lá se sentou e, apoiado no tronco de uma árvore, entregou-se nas mãos de Deus e ao sono. E teve uma experiência mística da assistência divina que o confortou e lhe restabeleceu as forças.

Em 1981, após 33 anos de missão, um derrame o deixou mudo esem movimentos, e o obrigou a regressar à Itália, sempre com a esperança de queem breve voltaria. Entregue aos cuidados dos médicos, acompanhado pelo afetodos irmãos e irmãs religiosas, foram 20 anos à espera de um milagre que nãochegou. Nesse tempo, porém, Deus o confortou e o aprimorou no espírito,preparando-o para o Grande Encontro. Em 1994 participou da beatificação de suairmã Gianna. Faleceu na cidade de Bergamo, aos 10 de agosto de 2001.

   

Dies natalis: 10 de agosto

Perspectivas de uma causa de canonização: As dioceses de Grajaú, MA, e de Bérgamo, na Itália, onde faleceu Frei Alberto, e as províncias capuchinhas da Lombardia, na Itália e de N. Sra. do Carmo, MA-PA-AP, desejam conduzir o processo da causa decanonização.

 

Para conhecer mais sobre a vida de Frei Alberto ou comunicar graças e alcançadas e maiores informações:

 Redes sociais:

@sddfreialbertoberetta

 

Frei Joacy Fernandes

Vice-Postulador

Convento do Carmo – Frades Capuchinhos

Praça João Lisboa, 350 – Centro

66010-310 São Luís  -  MA

Tel.: (98) 991438563

 

Cúria Diocesana de Grajaú

Praça Dom Roberto Colombo, 60 – Cidade Alta

65940-000 Grajaú  -  MA

Tel.: (99) 3532-6144

 

 

 

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