Dom Frei Agostinho de Capinzal, OFMCap

29.5.1929
6.6.2012

Dom Frei Agostinho de Capinzal (José Benito Sartori)

Fr. Agostinho, filho de Antônio Sartori e Dosolina Rech nasceu aos 29.05.1929, em Linha Bonita, Município de Campos Novos, hoje, Ouro-SC. Foi batizado com o nome de José Benito. Eram em 11 irmãos. Quando ele tinha sete anos, sua família mudou-se para Ouro, na época Município de Capinzal-SC.

Ingressou no Seminário de Botiatuba com 9 anos de idade, aos 13.04.1939, onde completou o curso ginasial. Vestiu o hábito capuchinho com 15 anos, nesse mesmo lugar, aos 24.12.1944, recebendo o nome de Frei Agostinho de Capinzal. Emitiu a primeira profissão religiosa aos 25.12.1945. Cursou Filosofia e Teologia no Convento Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba-PR. Emitiu a profissão perpétua em aos 15.8.1951. Recebeu o diaconato aos 29.3.1952, sendo ordenado sacerdote em 15.08.1952, por Dom Manoel da Silveira D’Elboux, também na Igreja das Mercês.

Fr. Agostinho exerceu o ministério sacerdotal nas seguintes localidades: Irati: Paróquia Nossa Senhora da Luz (1952); Irati: Seminário Santa Maria (1953); Botiatuba (1954); Ponta Grossa: Imaculada Conceição (1954); Curitiba: Mercês (1955-1958); Roma: Mestrado em Direito Canônico (1958-1961); Curitiba: Mercês (1962-1966); Ponta Grossa: Cúria-Convento Bom Jesus (1966-1970). Nestes lugares prestou os seguintes serviços: Vigário Local, Assistente dos Seminaristas, Professor no Seminário Santa Maria, Reitor de Igreja, Professor de Filosofia e Teologia, Diretor dos Estudantes e Prefeito dos Estudos, Diretor da Revista Vocacional “Jardim Seráfico” e Notário do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Curitiba.

Superior Maior: Fr. Agostinho foi o último Comissário Provincial (1966-1968) e o Primeiro Ministro Provincial (1968-1970).

Foi o superior do período de transição: tinha acabado o Concílio Vaticano II e logo surgiu o grande movimento de atualizações na igreja e na vida religiosa. Muito inteligente e com vastos conhecimentos, programou cursos e encontros, chamou conferencistas para apresentarem os novos temas do Vaticano II. Soube fazer uma transição relativamerte calma diante das questões ‘quentes’ daquele tempo. Com tenacidade e visão crítica do momento histórico, a presença de Frei Agostinho como Superior Maior foi providencial para conduzir com segurança, sem atropelos e sem grandes hesitações a caminhada do então Comissariado e, posteriormente, da Província.

Bispo – Um mês após sua eleição para Ministro Provincial, aos 26.02.1970 foi nomeado Bispo de Palmas-PR e Sagrado em nossa Igreja das Mercês, Curitiba aos 26.04.1970. Tomou posse da Diocese de Palmas aos 14.05.1970, dirigindo-a até 24.08.2005, quando passou a ser Bispo Emérito. Antes somente de Palmas. Mais tarde, passou a chamar-se Diocese de Palmas-Francisco Beltrão.  

Dom Agostinho sempre foi um exemplo de Bispo comprometido com os desafios de seu tempo. Soube, com habilidade, estabelecer a comunhão com todos, incentivou vocações sacerdotais, ordenou muitos sacerdotes, criou novas paróquias. Dom Agostinho foi um dos homens sábios do nosso tempo, com capacidade de ler nas entrelinhas os principais fatos e acontecimentos. Lutou em defesa dos pequenos agricultores, dos índios e dos pobres. Foi o grande pioneiro da renovação conciliar de toda a Igreja no Paraná. Deixou a seus pósteros edificante exemplo através de seu incansável ministério. Dom Agostinho foi exemplo de Sacerdote e Bispo, sábio, dedicado, de ampla visão pastoral e muito paterno.

Como Bispo Emérito, Dom Agostinho optou por viver em Palmas. Aos poucos a sua saúde foi se complicando e veio a falecer aos 06.06.2012 no Hospital São Lucas de Pato Branco-PR. Contava com 83 anos de idade, 67 anos de Vida Religiosa, 60 anos de Vida Sacerdotal, 42 anos de Vida Episcopal dos quais 35 como Bispo Diocesano de Palmas.

Foi sepultado aos 08.06.2012 no Cemitério daquela cidade.

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