D. FREI TIMÓTEO CORDEIRO, OFMCap (Francisco Nemésio Pereira Cordeiro)
★20 de março de 1928, em Canindé-CE
+ 20 de março de 1990, em São Paulo-SP
Ingressou no Seminário Seráfico de Messejana aos doze anos de idade; completando o curso ginasial foi enviado para o Santo Noviciado em Guaramiranga, onde fez a sua primeira profissão em 19 de janeiro de 1947. Em seguida foi enviado para o estudantado teológico de Parnaíba onde cursou Filosofia e Teologia, sendo ordenado presbítero em 15 de março de 1953 na Igreja de São Sebastião em Parnaíba-PI.
Imediatamente assume no Seminário Seráfico Nossa Senhora do Brasil as funções de professor, disciplinário e regente de música. Educador emérito, ele causava admiração aos seminaristas. Bom professor de matemática, ótimo musicista e regente de coral. Assume o cargo de Vice-Diretor do Seminário de1954 a 1959. De 1959 a 1964 foi Diretor do Seminário Seráfico de Messejana e superior do Convento. É também escolhido segundo assistente da Custódia Maranhense e primeiro assistente da Custódia Geral São Francisco de Assis do Ceará e Piauí (1967-1969) e Custódio Geral em 1970.
Em 30 de abril de 1971 foi nomeado Bispo da recém criada Diocese de Tianguá-CE e sua sagração aconteceu no Santuário de São Francisco das Chagas de Canindé, no dia 04 de junho de 1971. O lema do seu episcopado era “Ecceadsum” (Eis-me aqui), que bem revela sua disposição e convicção de querer servir à Igreja de Jesus Cristo.
Era um trabalhador incansável. Sem ser um bispo de vanguarda, avesso à publicidade, trabalhou para a promoção das crianças pobres com a ajuda da Obra Pontifícia Missionária da Santa Infância, para a promoção da mulher marginalizada pela prostituição, assim como criou roças comunitárias nas terras da Diocese para os agricultores pobres. Ele deu apoio firme aos injustiçados, por isso foi ameaçado de morte. Sua bondade e sua crença na capacidade do ser humano de converter-se, fizeram-lhe abrir as portas da Diocese a vários egressos de outras Dioceses e Congregações. Teve muitas dificuldades e sofreu muitas perseguições.
Sua vida foi resumida magistralmente por um colega de turma: “Dom Frei Timóteo, sua vida foi atravessada de tantos paradoxos: tinha boa saúde e morreu jovem. Viveu em função dos outros e encontrou tanta oposição. Trabalhou muito e morreu pobre. Parecia tão transparente e enfrentou sempre ambiguidades”.
Faleceu no dia que completava 62 anos de idade, com 43 anos de vida religiosa.