Poema: Saudade
Insano e insensato
Como procuras a cura
De tua dor e pranto
Em efêmeras coisas impuras
Teu coração tem saudade
Não das sombras, imponentes a luz
Mas do próprio dia
Que a verdade te conduz
Pare de comprar instantes
Comece a adquirir a eternidade
Só por meio dessa negociação
Curarás teu ser de toda fealdade
Pois caso te limites
Estarás mais fragmentado
Como queres de coisas rápidas
A felicidade perene sem ser contestado
Todo amor mal intencionado
Traz um prazer imediato
Que expande ainda mais o vazio
Que um amor verdadeiro teria curado
Se afunda pois como bêbado
Bebe o amargor de sua dor
Já que não escolhes o bem
Viva, para sempre do desencontro e do terror
Se pressupõe da busca
Um fim a se alcançar
O que tu procuras?
É acaso seu próprio findar?
Tua sabedoria
Sinta o Espírito que te conduz
Levanta-te da morte
É no amor, que a vida de introduz
Que sesse o riso de sua face
Mais vale o que brota do coração
A felicidade oferecida é mais serena
E pela vida te leva por sua mão