QUARTO DOMINGO DA QUARESMA 2022
QUARTO DOMINGO DA QUARESMA – 27/03/2022
“O PAI NOS ACOLHE COM AMOR!”
ACOLHIDA
Animador: Queridos irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Nossa caminhada quaresmal é iluminada pelas leituras bíblicas, em especial hoje, com a mensagem do Pai que perdoa e abraça o filho que retorna a sua casa. É a parábola do Pai misericordioso que nos faz refletir e rezar, expressa bem a pedagogia de Jesus que fala com sabedoria e ensina com amor. Acompanhemos a procissão de entrada, cantando.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Quaresma é tempo de reconciliação, peçamos perdão ao Pai misericordioso pelas vezes que não contribuímos pela unidade em nossas famílias; e pelas vezes que não valorizamos as coisas boas de nossa comunidade. Peçamos perdão cantando.
LITURGIA DA PALAVRA
1ª Leitura: Js 5,9a.10-12
Salmo Responsorial: Provai e vede quão suave é o Senhor!
2ª Leitura: 2Cor 5,17-21
Evangelho: Lc 15,1-3.11-32
REFLEXÃO
- O quarto domingo da quaresma é conhecido também como o domingo da alegria, pois a liturgia da Palavra nos leva a vislumbrar a Páscoa, com o tema da reconciliação. A quaresma é vista como uma travessia do deserto, e hoje vivemos a sensação de chegarmos a um oásis, o oásis do amor misericordioso do Pai, que encontra e acolhe o filho perdido.
- A primeira leitura fala da concretização das promessas de Deus, que tirou do povo a vergonha do Egito, concedendo-lhe a terra para viver em liberdade. Ter sido escravo era uma vergonha, mas livrar-se dela, conquistando a terra, foi algo reparador e uma alegria sem medida. Entrando na terra prometida, o povo acampou em Guilgal, onde celebrou a Páscoa. A escravidão havia ficando para traz, e o deserto agora se transforma em terra produtiva. Eles comeram os primeiros frutos produzidos pelos esforços de suas mãos. Essa leitura nos mostra o quanto Deus é bom para conosco. Ele nos ajuda a atravessar os desertos da nossa vida e sacia-nos com o pão celeste. É um verdadeiro pai que é paciente e misericordioso, sabe compreender nossas fraquezas e rebeldias, e se formos perseverantes, ele nos cumula de bênçãos, concedendo-nos o desejado, o esperado. Foi assim com o povo hebreu; foi assim com o filho pródigo; é assim conosco, quando confiamos nele e não o abandonamos. Mesmo quando nos afastamos dele, ele não desiste de nós, como um pai que não desiste de um filho quando se desvia do caminho.
- O evangelho do pai misericordioso está no contexto das críticas que Jesus recebia dos fariseus e doutores da lei por se aproximar, acolher e fazer refeição com os cobradores de impostos e demais pecadores. Porém, nisto consistia a missão de Jesus: acolher os que estavam à margem, os excluídos e desprezados. Cada um de nós, de certo modo, carrega um pouco de cada personagem desta parábola. Deveríamos cuidar para que se sobressaísse mais o lado do pai misericordioso, pois Deus age assim conosco e nós deveríamos agir assim com nossos irmãos.
- Temos algo do filho mais novo quando não entendemos que Deus nos ama e queremos que ele faça tudo por nós, realize nossos caprichos. Se ele não nos atender, brigamos, nos afastamos dele, da Igreja, da religião. Buscamos fazer a vida por conta. Somente quando sentimos realmente o que é passar necessidades, todo tipo de privações e dificuldades é que nos damos conta da importância de Deus em nossa vida. Há um ditado que diz: “quem não conhece Deus pelo amor, o conhece pela dor”. Assim foi com o filho mais novo. O ponto alto dessa parábola é a volta do filho, arrependido. Ele representa todo pecador arrependido que procura Deus e pede perdão pelos pecados. Aqui enxergamos a beleza do sacramento da reconciliação. Temos algo do filho mais velho quando nos relacionamos com Deus como se ele fosse um patrão que irá nos compensar pelos nossos “bons comportamentos”, quando praticamos apenas uma religião de obrigações, normas e preceitos, mas não enxergamos o amor de Deus; frequentamos missas, até ajudamos em alguma coisa sempre esperando uma recompensa. Quando ela não vem como desejamos, achamos que Deus é injusto. Comparamos, criticamos, mas não enxergamos a gratuidade do amor de Deus. Nos assemelhamos ainda ao filho mais velho, quando por inveja e ciúme julgamos e condenamos os outros, e não participamos de suas alegrias.
- Somos um pouco desse pai misericordioso quando perdoamos, quando ficamos felizes com a volta de alguém que se afastou da comunidade, quando não olhamos os pecados e fraquezas de nossos irmãos, mas valorizamos o que eles tem de bom, quando exercitamos a misericórdia, o amor e a compaixão.
PRECES DA COMUNIDADE
Presidente: Apresentemos nossas preces a Deus que nos mostra um novo jeito de viver. Após cada prece digamos: Senhor, renovai-nos com a vossa graça!
1. “Vamos fazer um banquete!” Que a imagem do abraço acolhedor do pai ao filho pródigo nos ajude a sermos especialistas em acolhida fraterna. Digamos...
2. “Se alguém está em Cristo, é uma criatura nova!” Dai coragem e sabedoria aos que necessitam de orientação na vida. Digamos...
3. “Somos, pois, embaixadores de Cristo.” Fortalecei as instituições da Igreja encarregadas da educação integral do povo para a Fraternidade, que como Cristo falem com sabedoria e ensinem com amor. Digamos...
4. “Para que nele nos tornemos justiça de Deus.” Iluminai nossa compreensão do alcance da Campanha da Fraternidade e engajemo-nos na busca educação libertadora. Digamos...
OFERTÓRIO
Animador: Ao colocar sobre o altar nossas ofertas, junto ao pão e ao vinho, apresentamos nossa vida em processo de transformação na vivência fraternal. Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: Deus nos espera de braços abertos. Participemos do banquete que Ele preparou para os que partilham o perdão e a fraternidade. Cantemos.