VIGÉSIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 22/10/2021

VIGÉSIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 22/10/2021

VIGÉSIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 22/10/2021

JESUS CRISTO É MISSÃO”. 

Não podemos deixar de falar o que vimos e ouvimos” (At 4,20).


ACOLHIDA

Animador: Bem-vindos, irmãos e irmãs! Jesus Cristo veio servir e dar a sua vida pela vida do mundo. Assumiu a missão de nos resgatar em seu amor incondicional. Nesta celebração, recordamos o “Dia Mundial das Missões”, neste ano com o tema: “Jesus Cristo é Missão”, e como lema: “Não podemos deixar de falar o que vimos e ouvimos” (At 4,20). Proclamando o nosso sim à missão, vamos viver esse profundo encontro de fé através da oração e do amor fraterno. De pé, acompanhemos a procissão de entrada, cantando.

 

ATO PENITENCIAL 

Animador: Jesus enviou os apóstolos para que anunciassem sua Palavra até os confins do mundo. Porque nem sempre pensamos e agimos conforme seu pedido, peçamos perdão:

- Pela nossa falta de vigor e entusiasmo em proclamar a Palavra, Senhor, tende piedade de nós.

- Pela nossa omissão, como família, em testemunhar a fé cristã, Cristo, tende piedade de nós.

- Pelo nosso comodismo e falta de diálogo com Deus e os irmãos, Senhor tende piedade de nós.


HINO DO GLÓRIA

Animador: Glorifiquemos a Deus pelo testemunho de generosidade de tantos missionários e missionárias em nossas comunidades e pelo mundo afora, cantando.


LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Is 53,10-11

Salmo 32: "Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!"

Segunda Leitura: Hb 4,14-16

Evangelho: Mc 10,35-45


REFLEXÃO

- A liturgia desse Dia Mundial das Missões nos apresenta o serviço humilde e gratuito, a doação generosa e plena da própria vida pela vida do mundo, como expressão do fiel seguimento a Jesus, e da participação no seu Reino. 

- O profeta Isaías nos traz a imagem do servo sofredor, atribuída ou comparada a Jesus, pois tudo o que o personagem passa é semelhante ao que Jesus passou. Ele cresceu como broto na presença de Deus, mas desprovido de beleza, passou invisível diante do olhar de muitos. Temos aqui um dos primeiros sofrimentos: a invisibilidade. Ser invisível, não ser notado, ser ignorado, vítima da total indiferença, é uma dor terrível e somente quem já passou por essa situação sabe muito bem o que significa. É como se a pessoa não existisse, e essa inexistência aos olhos humanos é profundamente dolorosa, embora saibamos que para Deus ninguém é invisível. Pelo contrário, os mais invisíveis aqui neste mundo, são os mais visíveis diante de Deus, e ele nos ensina a olhar para esses “invisíveis” e enxergar neles o Cristo sofredor. E são muitos os “invisíveis”, os sofredores que nos cercam. Quem não é visto não existe para a sociedade, sente a profunda dor da rejeição, do desprezo. No entanto, esse desprezado e esquecido foi escolhido por Deus para redimir o sofrimento de todos os que passam por situações similares. Porém, para isso ele teria que ir até as últimas consequências na sua dor. Assim, Deus fez de alguém tão pequeno o maior de todos e elevou todos os pequenos à grandeza de Deus. Deus inverte a ordem das coisas. Aquele que ninguém notava, marginalizado e esquecido, tornar-se-ia grande, o redentor de outros semelhantes a ele. É esse o projeto cristão, a proposta de Jesus Cristo que ainda hoje, poucos entendem e seguem sem entender, com vemos no evangelho deste domingo.

- Os filhos de Zebedeu, Tiago e João, discípulos de Jesus, contaminados pela mentalidade e os critérios do mundo daquele tempo e do nosso também, pediram a Jesus um lugar de destaque, um lugar privilegiado em seu reino: um à sua direita e outro à sua esquerda, ou seja, posições de poder e de supremacia sobre os demais. Esse pedido é provocador e mostra que eles tinham entendido muito pouco da prática e dos ensinamentos de Jesus, nem sabiam o que estavam pedindo. Somente quem ignora o que significa o seguimento de Jesus faz tal pedido. Se Jesus lhes prometesse esse lugar, como ficariam os outros? Ele estaria concedendo privilégios, e isso é injusto, provocaria discordância e divisão. Além disso, Jesus deixa claro que não compete a ele conceder nenhum privilégio, e os questiona perguntando se estariam dispostos a passar por tudo o que ele iria passar? Ou seja, beber do cálice amargo da humilhação, da perseguição, da calúnia; ser batizado com o batismo de sangue, a cruz, enfim, enfrentar com humildade todo o sofrimento que a sua missão previa, ser provado na dor, como servo sofredor? Eles acreditam que sim. 

- A partir da pretensão de Tiago e João, Jesus, mostra claramente o sentido da autoridade no mundo em que vivemos e no Reino de Deus. Ao contrário do que normalmente se constata, a autoridade deve estar a serviço da vida e da dignidade de todo o povo que lhe é confiado. Quem ocupa um cargo qualquer na comunidade e na sociedade, deve se colocar a serviço do bem estar de todos os seus integrantes. No entanto, no mundo dos homens, a autoridade geralmente é vista como posição de destaque. E muitos a buscam a qualquer custo pois desejam obstinadamente privilégios inaceitáveis numa sociedade democrática autêntica e igualitária. A autoridade, neste caso, é vista como um meio de autopromoção.

- A proposta do Reino de Deus apresentada por Jesus exige renúncia e entrega de si mesmo. É uma proposta de doação gratuita, de serviço. É o maior no Reino de Deus aquele que serve humildemente, e Jesus é o modelo, por excelência em toda a sua vida, doando-se plenamente, sem reter nada para si, e expressou isto, simbolicamente, pelo gesto do lava-pés, sobretudo na cruz. A proposta de Jesus contradiz todo tipo de privilégio. Quem quiser ser o primeiro que seja escravo de todos. Ou seja, que assuma a condição de servo sofredor lembrado pelo profeta Isaías. Em outras palavras: que doe sua vida em favor dos irmãos. O próprio Jesus afirmou categoricamente de que o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate por muitos. 

- Neste Dia Mundial das Missões, renovemos o compromisso que assumimos no nosso Batismo de sermos testemunhas de Jesus. Ser missionário é ser portador de sua mensagem, pela palavra e pelo exemplo. Façamos hoje um gesto de solidariedade para com todos os missionários e missionárias que anunciam a mensagem de Jesus além fronteira, ajudando economicamente com a coleta missionária e rezando para que Deus lhes conceda força e perseverança nos momentos de dificuldades. 


PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Após cada prece, digamos: "Senhor, fazei-nos Missionários".

1) Pelo Papa Francisco que nos dá testemunho de coragem, de firmeza na fé e de compromisso missionário, digamos:

2) Pelos missionários e missionárias, para que sintam a presença de Deus e da igreja em sua missão de anunciar o Evangelho com alegria, digamos:

3) Pelos cristãos batizados, para que assumam com coragem a missão de ser sal e luz do mundo, digamos:

4) Para que possamos juntos, com fé e humildade, viver plenamente a mensagem de amor e salvação, digamos.


OFERTÓRIO

Animador: Oferecemos a Deus o trabalho dos missionários, as alegrias e as dificuldades encontradas nesta missão. A coleta da missa de hoje será destinada às missões. Que a nossa oferta contribua para que mais missionários possam anunciar a Palavra de Jesus e dar seu testemunho a todos os povos.


COMUNHÃO

Animador: Jesus se dá a nós em alimento. Sua presença é a força que nos impulsiona e nos motiva na caminhada missionária. Com alegria, participemos da Eucaristia cantando.


Autor:
Frei Carlos Raimundo Rockenbach
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