Capítulo 11
1 Entre os seus frades, Francisco quis ser humilde e, para conservar a maior humildade, poucos anos depois de sua conversão, em um capítulo em Santa Maria da Porciúncula, resignou ao ofício da prelatura diante de todos os frades, dizendo:
2 “Agora estou morto para vós; mas aqui está Frei Pedro Catani, a quem eu e vós vamos obedecer”.
3 Então todos os frades começaram a deplorar em alta voz e a chorar fortemente.
4 E, inclinando-se diante de Frei Pedro, o bem-aventurado Francisco prometeu obediência e reverência; e desde então até sua morte permaneceu como um súdito, como um dos outros frades.
5 Até mais: não só quis estar submisso ao ministro geral e aos ministros provinciais mas também, em qualquer província em que estivesse morando ou tivesse ido pregar, obedecia ao ministro daquela província,
6 mas também, para maior perfeição e humildade, muito tempo antes de sua morte, disse uma vez ao ministro geral:
7 “Quero que confies tua representação junto a mim a um de meus companheiros, a quem obedecerei no teu lugar; porque, por causa do bom exemplo e da virtude da obediência na vida e na morte, quero que permaneças sempre comigo”.
8 E desde então até a morte sempre teve um de seus companheiros como guardião, a quem obedecia no lugar do ministro geral.
9 Uma vez, até disse aos companheiros: “Entre outras graças, o Senhor me deu esta: que eu obedecesse de tal modo ao noviço, que tivesse entrado hoje na Religião, como àquele que fosse o primeiro e mais antigo na vida e na Religião dos frades.
10 Porque o súdito deve considerar em seu prelado não o homem mas Deus, por cujo amor se fez submisso”.
11 Disse igualmente: “Não há nenhum prelado em todo o mundo que seja tão temido por seus súditos e frades quanto o Senhor me faria ser temido por meus frades, se eu quisesse;
12 mas o próprio Altíssimo me deu esta graça, que eu quero ficar contente com todos, como o menor na Religião”.
13 E isso nós vimos com nossos olhos (cfr. 1Jo 1,1) muitas vezes, nós que vivemos com ele (cfr. 2Pd 1,18), como ele mesmo testemunha; porque muitas vezes, como alguns frades não o satisfizessem em suas necessidades ou lhe dissessem alguma palavra, das que costumam levar as pessoas ao escândalo, ia logo rezar e quando voltava não queria lembrar-se, dizendo:
14 Tal frade não me satisfez, ou: Disse-me tal palavra.
15 Quanto mais se aproximava da morte, mais era solícito em toda perfeição por considerar como poderia viver e morrer em toda humildade e pobreza.
Capítulo 12
1 No dia em que dona Jacoba preparou aquele prato, o bem-aventurado Francisco recordou-se como um pai de Frei Bernardo, dizendo: “Este prato é bom para Frei Bernardo”.
2 Chamando um de seus companheiros, disse: “Vá dizer a Frei Bernardo para vir logo aqui”.
3 O frade foi imediatamente e o levou ao bem-aventurado Francisco.
4 Sentando-se na cama em que estava deitado o bem-aventurado Francisco, Frei Bernardo disse: “Pai, peço que me abençoes e me mostres o teu afeto, porque se me mostrares carinho por paternal afeto, creio que o próprio Deus e os outros frades da Religião vão me amar mais”.
5 O bem-aventurado Francisco não podia enxergá-lo, porque já fazia muitos dias que tinha perdido a luz dos olhos; mas, estendendo a mão direita, colocou-a sobre a cabeça (cfr. Gn 48,14) de Frei Egídio, que foi o tercero dos primeiros frades e estava sentado perto de Frei Bernardo, achando que a estava colocando sobre a cabeça de Frei Bernardo,
6 e tocando a cabeça de Frei Egídio, como um cego, logo percebeu pelo Espírito Santo, dizendo: “Esta não é a cabeça de meu Frei Bernardo”.
7 Frei Bernardo logo foi para mais perto dele.
8 O bem-aventurado Francisco, pondo a mão sobre sua cabeça, abençoou-o.
9 Além disso, disse a um de seus companheiros: “Escreve, como te digo: O primeiro frade que o Senhor me deu foi Frei Bernardo, e também o primeiro que começou e terminou perfeitíssimamente a perfeição do santo Evangelho, distribuindo todos os seus bens para os pobres;
10 por isso, e por muitas outras prerrogativas, tenho que amá-lo mais do que qualquer outro frade da Religião.
11 Então, quero e mando, quanto posso, que quem quer que for o ministro geral o honre e ame como a mim mesmo, e que também os ministros provinciais e os frades de toda a Religião o tenham como se fosse eu”.
12 Frei Bernardo ficou muito consolado com isso, e os frades que o viram.
13 Pois certa vez, considerando o bem-aventurado Francisco a enorme perfeição de Frei Bernardo, profetizou sobre ele diante de alguns frades, dizendo:
14 “Eu vos digo que a Frei Bernardo, para prová-lo, foram dados alguns dos demônios maiores e mais espertos, que vão atacá-lo com muitas tribulações e tentações,
15 mas o Senhor misericordioso, perto do seu fim, vai livrá-lo de toda tribulação e tentação interior e exterior, e vai colocar seu espírito e seu corpo em tão grande paz, sossego e consolação que todos os frades, que virem e ouvirem, vão ficar muito admirados com isso e vão achar que é um grande milagre;
16 e nessa paz, sossego e consolação interior e exterior, vai passar deste século para o Senhor”.
17 Os frades que ouviram isso do bem-aventurado Francisco ficaram muito admirados, porque foi verdade à letra, ponto por ponto, o que predissera sobre ele pelo Espírito Santo.
18 Pois Frei Bernardo, na doença da morte, estava em tamanha paz e sossego do espírito que não queria ficar deitado;
19 e, se ficava deitado, ficava meio sentado, para que nem a menor fumaça dos humores, subindo à sua cabeça levassem-no à imaginação e ao sonho a não ser ao que dizia respeito ao que pensava de Deus;
20 E se isso acontecia alguma vez, levantava-se na mesma hora e se sacudia dizendo: “Que foi isso? Por que pensei assim?”.
21 Até quando levava de boa vontade água de rosas ao nariz para seu conforto, quando chegou mais perto da morte, não queria pôr por causa da contínua meditação de Deus.
22 Por isso, dizia quem a oferecia: “Não me atrapalhes”.
23 E para isso, para que pudesse morrer mais livre, pacificamente em em sossego, desapropriou-se dos ofícios do corpo nas mãos de um frade, que era médico e o ajudava, dizendo:
24 “Não quero ter nenhuma preocupação de comer ou beber, mas deixo por tua conta; se me deres, receberei; se não, não”.
25 Mas desde que começou a ficar doente quis sempre ter junto de si um frade sacerdote até a hora da morte.
26 E quando lhe vinha alguma coisa à mente, de que a consciência o repreendesse, logo se confessava e dizia a sua culpa.
27 Depois da morte ficou claro, com a carne mole, e parecia estar rindo; por isso parecia que estava mais bonito depois da morte do que antes;
28 e os que olhavam para ele gostavam mais de vê-lo do que quando estava vivo, porque parecia um santo sorrindo.
Capítulo 13
1 Naquela semana em que o bem-aventurado Franciscou migrou, dona Clara, primeira muda da Ordem das Irmãs, abadessa das irmãs pobres do mosteiro de São Damião de Assis, emuladora de São Francisco para observar sempre a pobreza do Filho de Deus, como estava então muito doente e temia morrer antes do bem-aventurado Francisco, chorava amargamente e não podia ser consolada,
2 porque não podia ver antes de sua morte o seu único pai depois de Deus, isto é, o bem-aventurado Francisco, consolador de sua vida interior e exterior e também seu primeiro fundador na graça de Deus.
3 E fez o bem-aventurado Francisco saber disso por um frade.
4 Ouvindo isso, o bem-aventurado Francisco, como amava a ela e a suas irmãs com afeto paternal por causa de seu santo comportamento, movido pela piedade, principalmente porque ela foi convertida para o Senhor por seus conselhos poucos anos depois que tinha começado a ter irmãos, pela cooperação do Senhor;
5 e sua conversão foi de grande edificação não só para a Religião dos frades mas para toda a Igreja de Deus.
6 Mas o bem-aventurado Francisco, considerando que o que ela desejava, isto é, vê-lo, então não era possível, porque os dois estavam gravemente enfermos, para consolá-la escreveu-lhe a sua bênção por uma carta,
7 e também absolveu-a de todo defeito, se tivesse algum, em suas ordens e vontades como também nas ordens e vontades de Deus.
8 Além disso, para que deixasse toda tristeza e fosse consolada no Senhor, não ele mas o Espírito de Deus falou nele estas palavras, dizendo ao mesmo frade que ela enviara:
9 “Vá e leve esta carta para dona Clara, e lhe dirás que deixe toda dor e tristeza, porque agora não pode me ver;
10 mas sabia em verdade que, antes de sua morte, tanto ela como suas irmãs me verão e terão a maior consolação”.
11 Mas aconteceu que, como pouco depois o bem-aventurado Francisco migrou de noite, quando chegou a manhã todo o povo de homens e mulheres da cidade de Assis, com todo o clero, tomando o santo corpo do lugar onde tinha morrido, com hinos de louvor pegaram todos ramos de árvores por vontade do Senhor para levá-lo a São Damião,
12 para que se cumprisse a palavra que o Senhor tinha dito em seu santo para consolar suas filhas e servas.
13 Removendo a grade de ferro da janela pela qual as servas de Cristo costumam comungar e ouvir às vezes a palavra de Deus, os frades tiraram o santo corpo da maca e o seguraram em seus braços junto da janela por uma boa hora,
14 até que dona Clara e suas irmãs tiveram dele a maior consolação, mesmo estando cheias de muitas lágrimas e aflitas de dores, porque depois de Deus ele era sua única consolação neste século.
Capítulo 14
1 Na tarde do sábado depois das Vésperas, antes da noite em que o bem-aventurado Francisco migrou para o Senhor, muitos pássaros, que são chamados cotovias, ficaram voando não muito alto acima do telhado da casa em que jazia o bem-aventurado Francisco, dando voltas em círculo e cantando.
2 Mas nós que estivemos com o bem-aventurado Francisco, que escrevemos isto sobre ele, damos testemunho de que muitas vezes o ouvimos dizer:
3 “Se eu falar com o imperador, vou suplicar que, pelo amor de Deus e pela intervenção de minhas preces, faça um decreto por escrito, para que ninguém capture as irmãs cotovias nem lhes faça nada de mau.
4 De maneira semelhante, que todos os “podestás” das cidades e os senhores dos castelos e das vilas, no Natal do Senhor, todos os anos, tenham que levar as pessoas a jogar trigo e outros grãos pelas estradas fora das cidades e dos castelos, para que principalmente as irmãs cotovias e outras aves tenham o que comer num dia de tão grande solenidade.
5 E que por reverência ao Filho de Deus, que sua Virgem Mãe reclinou no presépio entre o boi e o burro nessa noite, toda pessoa, na mesma noite tenha que dar bastante ração para os irmãos bois e burros;
6 de maneira semelhante, que no Natal do Senhor, todos os pobres tenham que ser saciados pelos ricos”.
7 Pois o bem-aventurado Francisco tinha mais reverência pelo Natal do Senhor que por nenhuma outra solenidade do Senhor, porque, embora em suas outras solenidades o Senhor tenha atuado pela nossa salvação, foi desde que nasceu por nós – como dizia o bem-aventurado Francisco – que teve a oportunidade de nos salvar.
8 Por isso queria que nesse dia todo cristão exultasse no Senhor e por seu amor, pois se entregou por nós, e todas as pessoas fossem generosas com alegria não só com os pobres mas também com os animais e as aves.
9 Sobre a cotovia, o bem-aventurado Francisco dizia: “A irmã cotovia tem um capuz como os religiosos, e é uma ave humilde, que faz de boa vontade o seu caminho para encontrar alguma comida, e mesmo que a encontre no meio do esterco dos animais, tira-a e come.
10 Voando louva o Senhor, como os bons religiosos desprezando as coisas da terra vivem sempre nos céus.
11 Além disso, sua roupa, isto é, suas penas, parece terra, dando exemplo aos religiosos, que não devem usar roupas delicadas e coloridas, mas parecida com a terra, como se fosse morta”.
12 Era por isso, porque o bem-aventurado Francisco considerava essas coisas nas irmãs cotovias, que as amava muito e gostava de vê-las.
Capítulo 15
1 O bem-aventurado Francisco dizia freqüentemente estas coisas aos frades:
2 “Nunca fui ladrão de esmolas, que são a herança dos pobres,
3 sempre recebi menos do que me cabia, para que os outros pobres não fossem defraudados em sua sorte, porque fazer o contrário seria furto”.
Capítulo 16
1 Quando os frades ministros lhe sugeriram que concedesse alguma coisa, pelo menos em comum, para que tamanha multidão tivesse ao que recorrer, São Francisco invocou Cristo na oração e o consultou a respeito.
2 Ele respondeu imediatamente que tirasse todas as coisas, tanto em particular como em comum, dizendo esta é a sua família, que estava sempre pronto para prove-la, por mais que crescesse, e que sempre a ajudaria, enquanto esperasse nele.
Capítulo 17
1 Quando o bem-aventurado Francisco estava em certo monte com Frei Leão de Assis e Frei Bonício de Bolonha para fazer a Regra — porque a primeira, que tinha mandado escrever ouvindo Cristo — muitos ministros se reuniram com Frei Elias, que era o vigário do bem-aventurado Francisco, e lhe disseram:
2 “Ouvimos que esse Frei Francisco está fazendo uma regra nova; tememos que a faça tão áspera que não a possamos observar.
3 Queremos que te apresentes a ele e lhe digas que nós não queremos ser obrigados a essa Regra; faça-a para ele, não para nós”.
4 Frei Elias respondeu-lhes que não queria ir, pois temia a repreensão de Frei Francisco.
5 Como eles insistiam para que fosse, disse que não iria sem eles. Então, foram todos.
6 Quando Frei Elias estava com esses ministros perto do lugar onde estava o bem-aventurado Francisco, chamou-o;
7 quando o bem-aventurado Francisco respondeu e viu os referidos ministros, disse: “O que querem esses frades?”
8 Frei Elias respondeu: “Estes são ministros, que, ouvindo dizer que fazes uma nova Regra, e temendo que a faças áspera demais, dizem e protestam que não querem ser obrigados a ela.
9 Que a faças para ti, e não para eles”.
10 Então o bem-aventurado Francisco voltou sua face para o céu e assim falou com Cristo: “Senhor, eu não disse que não creriam em ti?”
11 Então se ouviu no ar a voz de Cristo que respondia: “Francisco, não há nada de teu na Regra; tudo que está lá é meu”.
12 E quero que a regra seja observada à letra, à letra, à letra, e sem glosa, sem glosa, sem glosa”.
13 E acrescentou: “Eu sei do que é capaz a fraqueza humana e quanto quero ajudá-los.
14 Os que não quiserem observá-la, que saiam da Ordem”.
15 Então o bem-aventurado Francisco voltou-se para aqueles frades e lhes disse: “Ouvistes? Ouvistes? Querem que os faça ouvir outra vez?”.
16 Então aqueles ministros, confundidos e reconhecendo sua culpa, foram embora.
Capítulo 18
1 Quando o bem-aventurado Francisco estava no capítulo geral em Santa Maria dos Anjos, que foi chamado capítulo das esteiras, e estavam presentes cinco mil frades,
2 muitos irmãos sábios e doutos por sua ciência disseram ao senhor Cardeal, que depois foi Papa Gregório IX, que estava presente no capítulo, que convencesse o bem-aventurado Francisco,
3 a seguir os conselhos dos referidos frades sábios e deixasse que eles o guiassem de vez em quando, alegando a Regra do bem-aventurado Bento, do bem-aventurado Agostinho e do bem-aventurado Bernardo, que ensinam assim e assim a viver ordenadamente.
4 Então o bem-aventurado Francisco, ouvindo a palavra do Cardeal sobre isso, tomou-o pela mão e o levou onde os frades estavam reunidos em capítulo e assim falou aos irmãos:
5 “Irmãos meus, irmãos meus, Deus me chamou pelo caminho da humildade e me mostrou o caminho da simplicidade: não quero que me falem de nenhuma Regra, nem de Santo Agostinho, nem de São Bernardo, nem de São Bento.
6 O senhor me disse que queria que eu fosse um “moço doido” no mundo; e Deus não quis conduzir-nos por outro caminho mas por esta ciência; mas por vossa ciência e sabedoria Deus vai confundir-vos.
7 Mas eu confio nos esbirros do Senhor, que vai punir-vos através deles, e ainda voltareis ao vosso estado, ao vosso vitupério, queirais ou não”.
8 Então o Cardeal ficou estupefato e não respondeu nada. Todos os frades ficaram com medo.
Capítulo 19
1 Embora o bem-aventurado Francisco quisesse que seus filhos vivessem em paz com todas as pessoas e que a todos se apresentassem como pequeninos, ensinou pela palavra e mostrou pelo exemplo que deviam ter a maior humildade diante dos clérigos.
2 Pois dizia: “Fomos enviados para ajudar os clérigos para a salvação das almas, para que o que houver de menos neles seja suprido por nós.
3 Cada um recebe o prêmio não segundo a autoridade mas segundo o trabalho.
4 Sabei, irmãos, que é agradabilíssimo para Deus o lucro ou o fruto das almas, e que se pode consegui-lo mais com a paz do que com a discórdia dos clérigos.
5 Se eles estiverem impedindo a salvação dos povos, a vingança cabe a Deus e Ele há de retribuí-los no seu tempo.
6 Por isso, sede submissos aos prelados, para não suscitar ciúmes no que depender de vós.
7 Se fordes filhos da paz, lucrareis para Deus o clero e o povo, o que Deus acha mais aceitável do que lucrar só o povo, escandalizando o clero.
8 Encobri, disse, as suas quedas, supri suas múltiplas deficiências; e quando fizerdes essas coisas, sede mais humildes”.
Capítulo 20
1 Uma vez alguns frades disseram ao bem-aventurado Francisco: “Pai, será que não vês que às vezes os bispos não nos permitem pregar, e nos fazem ficar muitos dias ociosos em algum lugar, antes de podermos pregar ao povo?
2 Seria melhor que pedisses que os frades tivessem um privilégio do senhor papa, e fosses a salvação das almas”.
3 Respondeu-lhes com uma grande repreensão, dizendo: “Vós, Frades menores, não conheceis a vontade de Deus, e não me permitis converter todo o mundo, como Deus quer.
4 Porque eu quero converter primeiro os prelados, pela humildade e a reverência, e quando eles virem vossa vida santa e a reverência que tendes para com eles, vão rogar eles mesmos que vós pregueis e convertais o povo.
5 E vão convoca-lo para vós melhor do que os privilégios que quereis, que vos levarão à soberba.
6 Se fordes alheios a toda avareza e inculcardes ao povo para que entreguem às igrejas os seus direitos, eles mesmos vão rogar que escuteis a confissão do seu povo;
7 ainda que não devais pensar nisso, porque, se se converterem, vão saber encontrar confessores.
8 Eu quero para mim este privilégio do Senhor: não ter nenhum privilégio que venha dos homens, a não ser prestar reverência a todos e pela obediência da santa Regra converter a todos mais pelo exemplo do que pela palavra”.